Jorge Luján percorre toda a gama cromática com pequenos poemas, associando cada cor a elementos da natureza, emoções ou sensações. Os versos suaves e fluidos sobre o azul, que "é todo o céu lá em cima"; o branco "leque da noite" ou o laranja, doce "solzinho do pomar", parecem ligeiros e frágeis.
Textos sugestivos e apelativos, misteriosos e surpreendentes, para comover os leitores através da palavra, numa espécie de atmosfera íntima não isenta de pinceladas de humor.
Delicadas, e com um forte poder de sugestão, são as aguarelas de Piet Grobler. E sobre os fundos de cores fluidas, traçados a pinceladas largas, podem encontrar-se ainda animais, plantas e objectos filigranados: pequenos pássaros e peixes, borboletas minúsculas, flores, ou simplesmente o remo de um barco, parecem, todos eles, flutuar ao longo destas páginas.
Poemas e pinturas formam em conjunto um todo harmonioso e criam espaço para admirar e sonhar.